domingo, 18 de maio de 2008

HORA QUE PASSA

Vejo-me triste, abandonada e só,
Bem como um cão sem dono e que o procura.
Mais pobre e desprezada do que Job
A caminhar na via da amargura!
Judeu Errante que a ninguém faz dó!
Minh’alma triste, dolorida e escura,
Minh’alma sem amor é cinza e pó,
Vaga roubada ao mar da Desventura!
Que tragédia tão funda ao meu peito!...
Quanta ilusão morrendo que esvoaça!
Quanto sonho a nascer e já desfeito!
Deus!
Como é triste a hora quando morre...
O instante que foge, voa e passa...
Fiozinho de água triste...
a vida corre...

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